Análises independentes das águas balneares demonstram resultados para E. Coli, acima do dobro do valor considerado aceitável.
Semanas atrás, Portugal foi surpreendido com a interdição e a colocação de bandeiras vermelhas nas praias, de Matosinhos até Ilhavo. Agência portuguesa do ambiente, apurou a presença de valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência na água.
Por tal razão, os autarcas do PSD de Matosinhos resolveram realizar análises independentes das águas balneares – águas costeiras e de transição.
Os resultados para E.Coli estão próximos do limite máximo permitido e acima do dobro do valor considerado aceitável. Razão pela qual vão voltar a questionar o executivo sobre a qualidade das águas, devido aos inúmeros relatos de banhistas que durante toda a época balnear, tiveram de receber tratamento hospitalar e farmacêutico.
As análises foram efetuadas no dia 09 de setembro e o resultado dos ensaios microbiológicos, demonstra que relativamente à quantificação de E. coli o valor fornecido é de 805. Contudo, a este número está associado um erro de ± 257,60; por esta razão o valor de doseamento (805) é acompanhado das seguintes unidades NMP/100 (o que significa: número mais provável em 100 ml).
A 805 se associamos o erro positivo de +257, temos um valor de 1064, o que aproxima este valor do limite máximo permitido e se encontra acima do dobro do valor considerado aceitável, com base no Decreto-lei 113/2012.
Conquanto, é impressionante que em Matosinhos, que tem como autarca a presidente da associação nacional de municípios, ainda se verifiquem linhas de água a desaguar nas nossas praias, que são verdadeiros esgotos a céu aberto e nos quais ainda não se corrigiram as ligações indevidas de esgotos.
Relembrando que, a praia de Matosinhos é a principal praia urbana da área metropolitana do Porto, a única servida pelo metro, frequentada durante todo o ano, e ao caso específico por crianças e idosos, os quais tem um sistema imunitário mais frágil, seria bom que a câmara tomasse medidas, por forma a respeitar a saúde publica, pois não é aceitável sujeitar a população a estás perigosidades e comprometer a atividade económica e turística de Matosinhos.
“O que fez o Município de Matosinhos para minimizar este flagelo? Nada”.
O PSD de Matosinhos e seus autarcas não podem deixar de manifestar a sua preocupação perante esta situação que coloca em perigo a saúde pública.
O PSD lamenta a posição de distanciamento que a Câmara Municipal de Matosinhos sempre assumiu sobre esta questão, sobre um sistema da sua responsabilidade que está a ser mal gerido.
O presidente do PSD de Matosinhos
Bruno M. Pereira