PSD/Matosinhos diz que PS e PCP não “levantam a voz” em defesa do concelho
O PSD/Matosinhos considerou hoje que PS e PCP, que votaram contra a suspensão das obras de prolongamento do quebra-mar do Porto de Leixões na Assembleia Municipal, não estão dispostos a “levantar a voz” para defender o concelho.
“Querem parecer que estão preocupados com as consequências das obras, que podem ser elevadíssimas, mas não estão dispostos a levantar a voz para defender Matosinhos e os matosinhenses”, disse o presidente da concelhia social-democrata, Bruno Pereira, citado em comunicado.
A Assembleia Municipal de Matosinhos rejeitou na segunda-feira à noite, com os votos contra do PS e do PCP, solicitar a suspensão do concurso para o prolongamento do quebra-mar exterior e das acessibilidades marítimas do Porto de Leixões.
A proposta, apresentada pelo BE, PSD, deputado independente e grupos de cidadãos Narciso Miranda e António Parada na sessão extraordinária deste órgão autárquico, solicitava ao Governo e à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) a suspensão do concurso público devido à “escassez de informação”.
“O PS e o PCP dizem estar preocupados, mas querem que o concurso avance mesmo sem saber se os matosinhenses e Matosinhos terão de pagar um preço demasiado elevado pelas obras do Porto de Leixões”, frisou.
Considerando esta posição como “hipócrita e cobarde”, o social-democrata entende que “outros interesses que não os de Matosinhos e dos matosinhenses se levantam mais alto”.
O presidente da concelhia política adiantou que Leixões é “muito importante”, mas para o PSD as pessoas e o concelho são ainda mais.
Em fevereiro, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou um investimento de cerca de 217 milhões de euros, dos quais 147 são investimento público, até 2023 no Porto de Leixões para aumentar a sua competitividade portuária.
As empreitadas envolvem o prolongamento do quebra-mar exterior em 300 metros, o aprofundamento do canal de entrada, do anteporto e da bacia de rotação, a criação do novo terminal no molhe sul e a melhoria das condições de operação do porto de pesca.
Contudo, têm surgido várias críticas de partidos políticos, autarcas e surfistas a estas obras que originaram, também, o lançamento de uma petição pública com mais de 6.000 assinaturas que apela à suspensão da empreitada.
Hoje, numa sessão de esclarecimentos aos jornalistas, a APDL garantiu que a obra não irá acabar com a praia, as ondas e o surf.
– Fonte: Diario de Notícias