ARQUITETO MANUEL PAIS VIEIRA – PSD de Matosinhos
Após a aprovação do PDM de Matosinhos e da sua revisão em 21 de Junho de 2019 que vem alterar profundamente os custos associados à promoção e construção de edifícios de habitação, fomos nos últimos tempos brindados com outras alterações com um impacto muito grande no que será o mercado da habitação neste município.
Os eleitores em Matosinhos poderão agradecer também ao partido da Draº. Luísa Salgueiro, o PS, o incremento que os custos da habitação terão em Matosinhos nos próximos tempos.
Em primeiro lugar no Orçamento de Estado para 2020 foi proposta a eliminação dos vistos Gold nas áreas urbanas de Porto e Lisboa, desta forma naturalmente que a pressão imobiliária aumentará nos concelhos limítrofes aos quais Matosinhos pertence. A falta de bom senso nesta proposta é tal que o correligionário da Draº Luísa Salgueiro e autarca da Câmara Municipal de Lisboa o Dr. Fernando Medina se opõe a esta medida da administração Central.
Em segundo lugar o Orçamento de Estado para 2020 também nos presenteou com mais duas pérolas, a atualização das rendas antigas que ficarão congeladas por mais 2 anos e as rendas dos contratos atuais em 0,51%.
Relativamente aos contratos anteriores a 1990 o período de transição que estava em vigor e que terminava este ano, foi novamente alargado por mais dois anos. O período inicial era de 5 anos, foi estendido por mais 3 e agora novamente por mais 2, perfazendo assim um total de 10 anos para o que seriam apenas cinco.
O que está aqui em causa não é o congelamento destas rendas em particular ou a atualização miserável de 0,51% para os diversos contratos, mas sim o sinal que o executivo PS dá aos portugueses e neste caso aos Matosinhenses, o risco de alugar casa vai aumentar para os proprietários.
Perante este quadro os proprietários irão naturalmente ter uma de três hipóteses, vender os imóveis, provavelmente a alguém que procure um visto gold, subir as rendas ou alterar o carácter dos seus arrendamentos, passando de longa duração para alojamento local. Todas estas hipóteses se traduzem em dificuldades financeiras acrescidas para os nossos conterrâneos que desejem alugar ou adquirir habitação permanente para as suas famílias.
Matosinhos não é um mercado abastado ou de gentes abastadas mas sim de pessoas trabalhadoras e que necessitam de habitação a preços razoáveis e equilibrados , ao contrário de outros executivos não vislumbramos preocupação por parte deste executivo autárquico pela expansão das zonas de habitação de forma a dar resposta à procura crescente.
Estas alterações que afetam todo o país vão ter consequências diferentes em zonas diferentes do país, em Matosinhos em particular será de esperar um aumento da procura e uma limitação na oferta que se traduzirá num aumento dos preços da habitação.
Será a solução do atual executivo autárquico voltar ao tempo de Narciso Miranda e à construção de bairros sociais em grande escala? Com o atual PDM veremos o que se passará nos próximos anos.
As perguntas que podemos deixar são: Que socialismo é este? Quem favorece e quem prejudica?
Manuel Pais Vieira
PSD de Matosinhos