Justificando a afirmação, Bruno Pereira, do PSD, recordou que, nas últimas semanas, “muito se tem falado de nomes, desentendimentos e métodos usados pelo PS para a nomeação do presidente do conselho de administração da APDL”.
O presidente do PSD/Matosinhos disse esta segunda-feira que os “sucessivos atrasos” nas cargas e descargas no Porto de Leixões, em Matosinhos, são responsabilidade da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), PS/Porto e do Governo.
Estes problemas, aos quais se somam a paralisação dos camionistas na semana passada, são “há muito conhecidos” e são culpa da APDL, da Federação do PS/Porto e do Governo de António Costa “por não nomear os melhores” para os cargos de gestão, mas aqueles que asseguram “os seus interesses pessoais e benefícios futuros”.
“É tempo de o ministro das Infraestruturas e de Eduardo Vítor Rodrigues [presidente da Câmara de Gaia e do PS/Porto] se entenderem e não competirem nas nomeações para a APDL porque, depois, acabam a nomear um “boy” do PS. Urge é resolver este problema com medidas concretas para que o Norte não continue a ser prejudicado economicamente”, considerou o também vereador no executivo municipal, citado em comunicado enviado à Lusa.
Justificando a afirmação, Bruno Pereira recordou que, nas últimas semanas, “muito se tem falado de nomes, desentendimentos e métodos usados pelo PS para a nomeação do presidente do conselho de administração da APDL”.
“É lamentável que a APDL não tenha ainda colocado em prática medidas de boa gestão, visto que os transportadores continuam desagradados com o sistema atual”, vincou.
O social-democrata salientou que os atrasos e a paralisação dos camionistas tiveram “impactos económicos e financeiros nefastos para a região Norte”.
O tempo médio de imobilização dos camiões é o dobro do habitual (por vezes três horas para realizar serviços), situação “pouco benéfica” para a economia portuguesa, sustentou.
Na quarta-feira, os operadores rodoviários que operam no Porto de Leixões não chegaram a acordo com a administração portuária acerca de compensações pelos tempos de espera, tendo paralisado a sua operação no terminal nortenho, confirmou, na ocasião, a APDL.
Dois dias depois, a plataforma de contestação pela inoperacionalidade do Porto de Leixões anunciou o fim da paralisação de várias empresas de camionagem.
Contactada pela Lusa, fonte oficial da APDL remeteu para a explicação que havia dado anteriormente, nomeadamente de que os tempos de espera se deveram à implementação de um novo sistema operativo de terminais Navis4 que, segundo a APDL, é “o mais utilizado em todo o mundo”.
O novo sistema prevê um aumento da eficiência que vai acontecer em breve”, disse fonte da APDL à Lusa, explicando que a entrada em vigor de um novo sistema de operação “tem necessariamente um período de adaptação, quer do sistema quer dos recursos humanos que estão a lidar com novo sistema. .
Já a distrital PS/Porto considerou, em resposta à Lusa, que a posição da concelhia do PSD/Matosinhos “não faz nenhum sentido porque as nomeações não são feitas nas sedes partidárias”. .
“O que os autarcas exigem e sempre exigirão é serem consultados e não serem letra morta nas nomeações que envolvem os interesses da região. Mas isso é relação institucional onde participam os autarcas de todos os partidos e não decisões eivadas de partidarite”, ressalvou.
Fonte: Lusa