O PSD/Matosinhos acusou hoje a presidente da câmara, a socialista Luísa Salgueiro, de ser “cúmplice” do Governo e de não defender os “reais” interesses dos trabalhadores da Efacec, depois de a venda desta à DST não ter sido concluída

“Em março foi formalmente assinada a intenção de venda direta da Efacec ao grupo DST, mas o negócio caiu por terra sem que o Governo desse a conhecer as razões deste desfecho. E, em Matosinhos, verificou-se o silêncio sepulcral da presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses”, disse o presidente do PSD/Matosinhos, Bruno Pereira, em comunicado enviado à Lusa.

Na opinião do social-democrata, Luísa Salgueiro foi, “uma vez mais”, “incapaz de levantar a voz” na defesa do município e dos cidadãos, situação que já se havia verificado aquando do encerramento da refinaria da Galp, em Leça da Palmeira.

Bruno Pereira recordou que a Efacec tem em Matosinhos a sede social e a produção dos transformadores (principal negócio da empresa) e das celas de média tensão, empregando cerca de 1.000 pessoas.

O Governo anunciou em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado “todas as condições necessárias” à concretização do acordo de alienação.

Em 03 de novembro, o ministro da Economia e do Mar afirmou à Lusa que há “alguns interessados, mais do que se pensa” na compra da Efacec e garantiu estar empenhado em encontrar uma solução para a empresa.

Posteriormente, em 09 de novembro, António Costa Silva afirmou que vai ser feito “tudo” para que o Estado possa ser reembolsado do valor injetado na Efacec, reiterando que está a trabalhar numa solução para a empresa.

Acusando o Governo de António Costa de ser “provavelmente o pior gestor do mundo”, Bruno Pereira sustentou que, neste momento, constata-se uma “enorme” incerteza e falta de informação sobre o futuro deste projeto empresarial.

“O que aporta uma carga de enorme ansiedade para centenas de trabalhadores que, direta ou indiretamente, têm o seu posto de trabalho afeto à Efacec”, acrescentou.

Motivo pelo qual o vereador do PSD referiu que compete à presidente da Câmara de Matosinhos abster-se da “postura submissa” perante o poder central e pugnar junto do Governo por encontrar uma solução para salvar uma “empresa única” no panorama nacional e respetivos postos de trabalho.

“Porque entre defender os interesses dos matosinhenses, por um lado, e a subserviência ao Governo, por outro, a presidente da câmara prefere defender o PS em detrimento de Matosinhos”, considerou.

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