Bruno Pereira, presidente da Secção do PSD de Matosinhos e vereador social-democrata na Câmara Municipal refere-se à criação de uma cidade da inovação na antiga refinaria da Galp como uma “minuta de intenções” e uma “mão cheia de nada”.

Durante a reunião do executivo municipal, a primeira presencial desde o início da pandemia de covid-19, Bruno Pereira apontou a “enorme incerteza e falta de informação” sobre o futuro projeto empresarial a ser criado no local. A antiga refinaria de Matosinhos, no distrito do Porto, vai dar lugar a uma cidade da inovação ligada às “energias do futuro”, no âmbito de um protocolo de cooperação entre a Galp, a Câmara de Matosinhos e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

O desenvolvimento de um ‘Innovation District’ [cidade da inovação] e a cedência de parcelas de terreno para a construção de um polo universitário são dois projetos em avaliação ao abrigo deste protocolo. “Falar em 20 a 25 mil postos de trabalho, apregoar um projeto de construção habitacional, hotelaria e comércio e não solucionar ou prever soluções para o trânsito de Matosinhos, para a A28, para a ponte móvel – que se encontra em avançado estado de degradação – e não prever nenhuma novidade de transportes públicos para servir aquela área é mesmo de quem nos conta a história da carochinha”, considerou o vereador do PSD.

Bruno Pereira disse que não é “de todo aceitável que se propagandeie um pseudo-projeto” quando ainda se desconhece
um plano e um calendário para a descontaminação dos solos. É importante garantir que não será aprovado nada para aqueles terrenos que seja contrário à saúde pública e que prejudique os interesses dos matosinhenses, sustentou.

Em comunicado, o também líder do PSD de Matosinhos revelou que a lição prometida para a GALP, afinal, era “mais uma história da Carochinha”. “É uma verdadeira história da carochinha, a lição prometida com ameaças a uma empresa privada, a não permissão da construção de imóveis e a não permissão de ‘especulação imobiliária’ nos terrenos da refinaria, para no final, o Partido socialista, os seus autarcas e governantes, fazerem o que juravam que não iriam fazer”, acusou.

O PSD de Matosinhos e os seus autarcas não discordam da urbanização de parte daquele local, da criação de espaços verdes e desportivos, da criação de emprego e da instalação de novas empresas de diversas áreas económicas. No entanto, “o PSD de Matosinhos não aceita é que não exista, de facto, um projeto verdadeiro que acautele a saúde pública e o ambiente em Matosinhos, visto que hoje já não se fala do desmantelamento das infraestruturas existentes naquele local ou ainda da descontaminação dos solos, os quais estivem décadas expostos a produtos altamente tóxicos e nocivos para a saúde pública”.
“Não é de todo aceitável que se propagandeie um pseudo-projeto de construção habitacional, de hotelaria e comércio, quando ainda se desconhece um plano e um calendário para a descontaminação dos solos neste local.

Por fim falar em 20 a 25 mil postos de trabalho, apregoar um projeto de construção habitacional, de hotelaria e comércio e não solucionar ou prever soluções para o trânsito de Matosinhos, para a A28, para a ponte móvel – que se encontra em avançado estado de degradação – e não prever nenhuma novidade de transportes públicos para servir aquela área, é mesmo de quem nos conta a história da carochinha. Constata-se ainda e também uma enorme incerteza e falta de informação sobre o futuro projeto
empresarial a ser criado no local. O PS não pode continuar a brincar com a saúde e com a qualidade de vida dos matosinhenses, é importante garantir que não será aprovado nada para aqueles terrenos que seja contrário à saúde pública e que prejudique os interesses dos matosinhenses”, conclui o PSD de Matosinhos

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